Desde o fim de março, uma nova onda de ataques atingiu comunidades cristãs no estado de Plateau, Nigéria, deixando mais de 100 mortos e milhares de deslocados. Militantes fulani invadiram pelo menos sete vilarejos, assassinando idosos, mulheres e crianças, e queimando casas e propriedades.
Conforme a organização Portas Abertas, parceira de igrejas locais, cerca de 3 mil pessoas ficaram desabrigadas, com perdas que ultrapassam milhões em bens. O reverendo Arum, atuante na região, pediu orações e ajuda para os deslocados e as famílias que os acolhem.
Ataques aumentam antes da Páscoa
A violência se intensificou às vésperas da Semana Santa, com um ataque brutal no dia 13 de abril, na área de Bassa, deixando pelo menos 43 mortos. Casas foram incendiadas com pessoas dentro e dezenas de corpos foram encontrados no dia seguinte. Segundo testemunhas, os agressores eram militantes fulani.
A Nigéria, atualmente no 7º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2025, é o país mais violento contra cristãos no mundo, sendo responsável por 69% das mortes por perseguição religiosa no último ano.
Cronologia dos ataques
- 24/03 – 3 cristãos mortos em Dundu (Bassa)
- 27/03 – 11 mortos em Ruwi (Bokkos), incluindo mulher grávida e criança
- 02/04 – 5 mulheres mortas na igreja COCIN (Tamiso) e 40 pessoas em Hurti
- 06/04 – 4 mortos em Pyakmula
- 07/04 – 3 mortos em Hwrra
- 08/04 – 2 mortos em três ataques simultâneos
- 13/04 – 43 mortos em Zike (Bassa)
Líderes cristãos pedem proteção urgente para as áreas vulneráveis e destacam a dor das famílias, que sonham em passar a Páscoa em paz, meditando na ressurreição de Cristo.