Novos e devastadores relatos de massacres em massa em El-Fashir, capital do Darfur do Norte, Sudão, trouxeram o prolongado conflito sudanês de volta ao destaque mundial. Os ataques sistemáticos, que ocorreram após um cerco de 18 meses pelas Forças de Apoio Rápido (RSF), sublinham a terrível injustiça e o sofrimento contínuo dos civis.
A guerra civil, que eclodiu em 15 de abril de 2023, envolvendo as Forças Armadas Sudanesas (SAF) e a RSF na disputa por controle territorial e recursos, parece não ter um fim à vista. Várias tentativas de mediação de paz falharam, deixando a população em extrema vulnerabilidade.
A Pior Crise de Deslocamento
O Sudão é hoje o epicentro da maior e mais rápida crise de deslocamento do mundo.
- 12 milhões de pessoas fugiram dentro do país.
- Mais de 4 milhões de refugiados buscaram abrigo em países vizinhos (Chade, Etiópia, Sudão do Sul, Uganda e Egito).
Além disso, o país enfrenta a pior crise humanitária e de fome do mundo. Mais de 30 milhões de pessoas necessitam de assistência, mas ambos os lados em conflito continuam a restringir o acesso das agências de ajuda aos sudaneses famintos.
Violência Sexual e Trauma como Armas de Guerra
O conflito tem deixado um rastro profundo de traumas, com civis sofrendo atos horríveis de violência por parte da SAF e da RSF.
- Violência Sexual: Mulheres, meninas e até crianças menores de cinco anos têm sido vítimas de violência sexual, utilizada como uma arma de guerra para aterrorizar e traumatizar.
- Ataques a Homens e Meninos: Homens e meninos também não são poupados, enfrentando altas taxas de mortalidade em combate e também violência sexual.
- Trauma Emocional: Milhões de sudaneses estão emocionalmente feridos, mesmo aqueles que conseguiram fugir da insegurança.
A Persistência da Igreja Perseguida
A comunidade cristã, que representa apenas 4% da população do Sudão, é uma minoria indesejada. Enfrenta uma camada adicional de perseguição por parte das forças em conflito (SAF e RSF, ambas de maioria islâmica). Apesar da marginalização e dos riscos, muitos líderes cristãos mantêm a esperança de que a Igreja permaneça e que os cristãos perseverem em sua fé.
Chamado Global
A organização Portas Abertas mantém uma campanha global em apoio a cristãos e outros indivíduos vulneráveis na África Subsaariana. Para fazer parte de um movimento que busca assegurar dignidade e respeito e assinar a petição, acesse o site da organização.




