O pastor sul-coreano Baek Kwang-Soon, conhecido por seu trabalho humanitário em Vladivostok, Rússia, foi injustamente preso sob falsas acusações de espionagem. Baek é ativo na fundação “Global Love Rice Sharing” e dedica-se a ajudar refugiados norte-coreanos, assim como trabalhadores de origem tailandesa e russa em situações precárias.
Os refugiados norte-coreanos assistidos por Baek geralmente são trabalhadores de setores como madeireiras e construção, que enfrentam dificuldades médicas e buscam meios de subsistência na província de Primorsky, conforme relatado pela organização Portas Abertas.
Em janeiro deste ano, Baek e sua esposa foram detidos assim que chegaram a Vladivostok, após uma viagem de trem expresso partindo de Hunchun, China. Enquanto a esposa foi rapidamente liberada de todas as suspeitas, Baek permaneceu sob custódia.
Durante dois meses, o incidente foi mantido em sigilo, até que a notícia da prisão de Baek por suspeita de espionagem foi repentinamente divulgada pela agência de notícias russa TASS. A organização em que o pastor trabalha nega qualquer envolvimento dele em atividades de espionagem.
Essa prisão marca o início de uma intensa repressão do governo russo contra atividades missionárias que ajudam refugiados norte-coreanos no país. Com a cooperação entre Rússia e Coreia do Norte facilitando a migração de norte-coreanos para Vladivostok em busca de trabalho, o ministério de Baek e outros missionários enfrentam sérias ameaças e pressões.
Segundo a Portas Abertas e com informações do guiame, se condenado, o pastor Baek enfrenta uma pena de até 20 anos de prisão. O fortalecimento dos laços entre Rússia e Coreia do Norte, especialmente após sanções internacionais devido à guerra na Ucrânia, aumenta a preocupação sobre o destino de missionários e refugiados na região, conforme alertado pela Portas Abertas.