Um policial da Ásia Central, identificado como Roeslan*, foi batizado secretamente em um banheiro de uma casa, temendo a perseguição por sua fé. A cerimônia, realizada de forma discreta, contou com a presença de poucos membros de sua igreja doméstica, em um contexto de forte repressão religiosa na região.
Conversão em uma igreja clandestina
De acordo com informações da Missão Portas Abertas, Roeslan conheceu o cristianismo por meio de uma igreja doméstica, onde ouviu o Evangelho pela primeira vez. Após se arrepender de seus pecados e aceitar Jesus como seu Salvador, ele decidiu seguir a fé cristã. Como em muitos países da Ásia Central, onde há perseguição religiosa, igrejas oficiais são monitoradas pelo governo, forçando muitos cristãos a se reunirem em casas particulares para evitar a vigilância das autoridades.
Nos encontros discretos, Roeslan encontrou conforto e esperança, e recentemente pediu ao pastor de sua igreja que o batizasse nas águas. No entanto, devido ao risco de perseguição e pelo fato de seus pais ainda não saberem de sua conversão, o batismo precisou ser realizado de forma rápida e sigilosa.
Batismo secreto em um banheiro
A cerimônia de batismo foi realizada em um banheiro de uma casa, com poucos membros da igreja presentes para testemunhar o momento especial. Mesmo diante do risco de represálias, Roeslan estava profundamente feliz e grato por cumprir esse importante passo em sua jornada espiritual. Ele expressou grande alegria por ter sua vida transformada por Deus, apesar do contexto de pressão e risco constante.
Agora, Roeslan enfrenta o desafio de decidir quando e como revelar sua fé a seus pais e colegas de trabalho. Ele está pedindo orações por sabedoria para saber a melhor maneira de lidar com essa situação delicada, já que o anúncio de sua conversão ao cristianismo pode gerar consequências graves, tanto no ambiente familiar quanto no profissional.
Perseguição na Ásia Central
A região da Ásia Central, composta por antigas repúblicas soviéticas, é conhecida pela intensa perseguição contra cristãos, que enfrentam repressão por parte do governo, além de pressão de familiares e comunidades. Na maioria desses países, as igrejas registradas oficialmente estão sob forte controle estatal, o que faz com que muitos cristãos optem por se reunir em igrejas clandestinas, para preservar sua liberdade de culto.
Nurbek*, um líder cristão que atua na Ásia Central, explicou em entrevista à Missão Portas Abertas os desafios enfrentados pelas igrejas clandestinas: “O pastor reúne poucas pessoas em sua própria casa. É como um grupo pequeno, em que sempre tem comida. Caso o pastor reúna muita gente, há o risco de alguém denunciá-lo para as autoridades.”
Nurbek detalhou também as precauções que os cristãos precisam tomar para garantir a segurança das reuniões: “Precisam ver se todas as janelas e portas estão fechadas, se o som não é audível fora da casa. Existem lugares em que o momento de louvor não existe para evitar que alguém de fora ouça.”
*Nome alterado por questões de segurança.