O Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou recentemente uma nota oficial em que volta a condenar as ações militares de Israel na Faixa de Gaza. O governo brasileiro solicitou uma investigação independente sobre os ataques mais recentes, que resultaram na morte de dezenas de civis em áreas destinadas à distribuição de ajuda humanitária.
Conforme o Itamaraty, o Brasil considera “absolutamente inaceitáveis o uso da fome como arma de guerra e a violência contra civis em busca de alimentos”. A nota também afirma que os bombardeios deixaram “centenas de mortos e feridos”, com pelo menos 95 mortes nas últimas horas.
O governo brasileiro pede uma apuração “célere e independente” para esclarecer os fatos e responsabilizar os envolvidos.
Lula recebe símbolo palestino
Ainda nesta quarta, durante viagem oficial à França, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi presenteado com um keffiyeh — lenço tradicional associado à cultura árabe e símbolo recente de solidariedade ao povo palestino. Lula colocou o lenço nos ombros ao chegar ao hotel onde está hospedado, em Paris.
A entrega do lenço acontece um dia após o presidente classificar os ataques israelenses como “genocídio” e criticar o governo de Benjamin Netanyahu, dizendo que Israel precisa “parar com o vitimismo”.
Reações
A Embaixada de Israel no Brasil respondeu de forma indireta, acusando autoridades internacionais de estarem sendo manipuladas por mentiras divulgadas pelo Hamas — grupo que controla a Faixa de Gaza. Segundo a embaixada, o Hamas usa informações falsas, eventos encenados e incidentes fictícios para influenciar a opinião pública e alimentar o antissemitismo.
Desde o início do conflito, o Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, estima que cerca de 60 mil pessoas morreram na região. A entrada de ajuda humanitária segue limitada por Israel, segundo dados da ONU, dificultando o atendimento às necessidades básicas da população civil.
Segundo o G1, o governo brasileiro, por meio do presidente e de notas diplomáticas, vem reforçando suas críticas ao governo israelense e pedindo ações humanitárias urgentes no território palestino.