Desde que reassumiu a presidência dos Estados Unidos, Donald Trump tem assinado uma série de ordens executivas e diretivas administrativas que retomam uma agenda pró-vida. Entre as primeiras medidas, ele reverteu várias políticas favoráveis ao aborto implementadas pelo governo anterior, liderado por Joe Biden.
Compromisso Pró-Vida
Durante sua campanha eleitoral, Trump reafirmou o compromisso de tornar os objetivos do movimento pró-vida uma prioridade governamental. No dia 24 de janeiro, ele enviou uma mensagem em vídeo aos participantes da Marcha pela Vida em Washington, declarando que os Estados Unidos “voltarão a se posicionar, com orgulho, em favor da vida e das famílias”. Os organizadores do evento classificam o aborto como “o mais significativo abuso dos direitos humanos de nosso tempo”.
Entre as primeiras ações de seu mandato, Trump encerrou o site governamental ReproductiveRights.gov, que defendia o aborto como uma política de saúde pública. Criado em 2022, o site promovia o acesso ao aborto seguro e legal como parte essencial do bem-estar das mulheres. Sua retirada do ar simboliza uma mudança clara na postura oficial do governo.
Perdão a Ativistas Pró-Vida
Outra decisão significativa foi o perdão concedido a 23 ativistas condenados pelo governo anterior por bloquear entradas de clínicas de aborto. Trump afirmou que esses manifestantes foram injustamente perseguidos e destacou que assinou o documento com grande honra.
Escolhas de Governo Alinhadas
A composição do novo governo também reflete essa postura. O vice-presidente J.D. Vance é um católico pró-vida que, em 2022, defendeu o banimento do aborto no país. Marco Rubio, nomeado Secretário de Estado, possui um histórico consistente de apoio às pautas pró-vida no Senado.
Impacto Internacional
As ações de Trump devem ter repercussões globais, como ocorreu durante seu primeiro mandato (2017-2021). Ele revogou um memorando presidencial que permitia o financiamento público para agências promotoras do aborto, como a Planned Parenthood e a Marie Stopes International. Além disso, restabeleceu a Emenda Hyde, que proíbe o uso de fundos governamentais para custear abortos.
O retorno dos EUA ao Consenso de Genebra sobre Saúde da Mulher e Fortalecimento da Família é mais um passo importante. Esse movimento internacional busca bloquear votações em fóruns globais que promovam a educação sexual e os direitos reprodutivos, frequentemente associados à legalização do aborto. O Brasil havia aderido ao consenso, mas foi desligado em 2023 pelo governo Lula.
Repercussão
Segundo o guiame, líderes pró-vida, como Marjorie Dannenfelser, da Susan B. Anthony Pro-Life America, expressaram gratidão pelas medidas. Ela destacou que os EUA estão novamente alinhados com a comunidade internacional pela vida. Por outro lado, Alexis McGill Johnson, presidente da Planned Parenthood, criticou a decisão, alegando que isso interrompe serviços essenciais de saúde em regiões carentes.
Com essas ações, Trump consolida seu posicionamento firme em defesa da vida e sinaliza uma nova era de políticas conservadoras nos Estados Unidos.