Campanha para ajudar Pedro
A antropóloga e diretora do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), Beatriz Matos, iniciou uma campanha para arrecadar recursos para o tratamento de seu filho Pedro, de cinco anos, que foi diagnosticado com neuroblastoma em estágio 4. Pedro necessitará passar por um transplante de medula óssea e também precisará do medicamento betadinutuximabe, que não é oferecido pelo SUS e precisa ser importado.
Neuroblastoma: terceiro câncer mais frequente em crianças
O neuroblastoma é o terceiro câncer mais recorrente entre crianças, sendo o tumor sólido extracraniano mais comum entre elas, representando 8% a 10% de todos os tumores infantis. Um dos possíveis sintomas é o aumento do volume abdominal, e o tumor pode ser descoberto a partir de queixas como dor na barriga ou incômodo no tórax.
Identificação e impacto do neuroblastoma
Segundo a médica Arissa Ikeda, a identificação do neuroblastoma pode ser feita a partir de uma queixa sobre a presença de massa no abdômen. A especialista também destaca que, nos casos de metástase, a doença pode causar dor óssea, febre, palidez e emagrecimento, entre outros sintomas.
Tratamento e SUS
Os pacientes diagnosticados com alto risco de neuroblastoma passam por um tratamento intensivo, que pode envolver cirurgia, quimioterapia, radioterapia, transplante de medula óssea e imunoterapia. Enquanto o SUS oferece alguns procedimentos, há tratamentos de alto custo, como a imunoterapia, que não são cobertos pelo sistema público de saúde.
Solicitação de Medicamentos ao SUS
Para que medicamentos de alto custo, como o betadinutuximabe, sejam disponibilizados no SUS, é necessário que a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) avalie e aprove a sua efetividade. Qualquer pessoa ou instituição pode solicitar essa análise, e a decisão final é publicada no Diário Oficial da União após um prazo de 180 dias, podendo ser prorrogado por mais 90 dias, se necessário.
*Com informações da Agência Brasil