Dia Mundial Contra a Raiva: Importância da Vacinação de Animais Domésticos
Nesta quinta-feira (28), é celebrado o Dia Mundial Contra a Raiva, uma data dedicada à conscientização sobre a importância da imunização de cachorros e gatos contra essa doença mortal. A raiva mata quase 100% dos infectados, incluindo humanos.
As vacinas contra a raiva são oferecidas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde em todo o país e devem ser aplicadas anualmente. A coordenadora de vigilância de zoonoses do Rio de Janeiro, a médica veterinária Taliha Perez, destaca que a imunização dos animais domésticos também protege os seres humanos. Ela ressalta: “A raiva é uma zoonose e é 100% letal. Existem poucos casos de sobrevivência e, mesmo assim, as pessoas ficam em condições vegetativas. Por isso, é importante cuidar sempre e cada um fazer sua parte, levando o animal para vacinar”.
A economista Maíra Leão entende a importância da imunização e levou todas as suas cadelas para serem vacinadas. Ela afirma: “Todo mundo vacinado lá em casa, não dá para deixar, não quero que meus cachorros passem mal e morram de raiva. Temos que protegê-los, pois eles vão à pracinha, brincam com outros cachorros, então a vacina contra a raiva está sempre em dia”.
A aposentada Marta Maria da Silva levou sua cadelinha com paralisia para ser imunizada e ressalta a importância de cuidar dos animais para evitar a doença e não contaminar outras pessoas.
Seguindo a mesma preocupação, a técnica de enfermagem Kátia Gusmão Câmara, segurando sua gatinha no colo, destaca que a maioria das pessoas associa a raiva apenas a cachorros, mas ressalta que os gatos também devem ser incluídos na prevenção.
Casos de Raiva
A preocupação com a raiva aumentou depois que um cão testou positivo para o vírus em São Paulo, no final de agosto. Essa foi a primeira infecção em um cachorro na região desde 1997. A doença infecciosa afeta mamíferos e não tem cura.
De acordo com o Ministério da Saúde, ao longo dos anos, a vacina tem auxiliado na redução do número de casos da doença no Brasil. Em 1999, foram registrados 1,2 mil cachorros com a doença, enquanto em 2022 foram apenas sete diagnósticos. Atualmente, os animais silvestres representam a maior parte dos infectados. Entre os humanos, desde 2010, foram registrados 47 casos no Brasil, sendo nove deles por contágio de cachorros, quatro por gatos e 24 por morcegos. Também houve transmissões por animais como raposas e macacos.
Alerta e Prevenção
O animal com raiva apresenta incapacidade de beber água e demonstra agressividade anormal. Caso ele tenha sido mordido ou arranhado por outro animal, como morcegos, por exemplo, é recomendado levá-lo a um veterinário. Se uma pessoa for mordida por um animal, é essencial lavar o local do ataque com água corrente e sabão e buscar atendimento médico o mais rápido possível.
*Com informações da Agência Brasil