Ministério da Saúde anuncia instalação de salas de amamentação em Unidades Básicas de Saúde
O Ministério da Saúde anunciou, nesta segunda-feira (31), uma medida para apoiar mães que trabalham fora de casa e não têm vínculo empregatício formal. Trata-se da instalação de salas de amamentação em Unidades Básicas de Saúde (UBS) em todo o país. A proposta tem como objetivo oferecer às mulheres um espaço adequado para amamentar seus filhos ou coletar leite para doação à Rede de Bancos de Leite.
Projeto experimental e ação conjunta com governos estaduais e municipais
Além disso, está em andamento um projeto experimental em cinco unidades da federação – Distrito Federal, Pará, Paraíba, Paraná e São Paulo – para testar a viabilidade de instalar as salas de amamentação em UBS já em funcionamento. Para garantir o sucesso da iniciativa, o Ministério da Saúde irá implementar a proposta em conjunto com os governos estaduais e municipais.
Apoio à amamentação
A campanha nacional deste ano, intitulada “Apoie a amamentação: faça a diferença para mães e pais que trabalham”, busca destacar a importância de oferecer suporte às mães e pais que estão inseridos no ambiente de trabalho. Embora os benefícios da amamentação sejam amplamente conhecidos, as taxas de amamentação ainda estão abaixo do recomendado por organizações internacionais.
De acordo com o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani) de 2019, apenas 45,8% das crianças menores de seis meses do Brasil eram alimentadas exclusivamente com leite materno. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece como meta que, até 2025, pelo menos 50% das crianças de até seis meses de idade tenham aleitamento materno exclusivo, e que até 2030 esse índice atinja 70%.
Além disso, o estudo revelou que apenas 23% das crianças entre quatro e seis meses de idade recebem aleitamento exclusivo, o que é impactado pelo retorno da mãe ao trabalho. Diante disso, é fundamental garantir o direito das crianças à amamentação, o que inclui a ampliação das licenças maternidade e paternidade.
Engajamento paterno
A ampliação da licença paternidade também é uma ponderação importante. Essa medida beneficiaria toda a família, permitindo aos trabalhadores passar mais tempo com seus filhos e participar ativamente dos primeiros cuidados dedicados aos recém-nascidos. A Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) assegura atualmente aos trabalhadores com carteira assinada cinco dias de licença paternidade, porém é necessário estimular os homens a aderirem a esse direito e conscientizar as empresas sobre a importância da paternidade responsável.
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, enfatiza que é fundamental promover a vinculação paterna aos cuidados familiares e alcançar uma distribuição igualitária das tarefas entre homens e mulheres. Essa conscientização é essencial para garantir o desenvolvimento saudável das crianças e o bem-estar de toda a família.
*Com informações da Agência Brasil