O câncer infantojuvenil no Brasil
O câncer é a segunda causa de morte entre pessoas de 1 a 19 anos no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). A estimativa é de que, para cada ano do triênio 2023/2025, surjam 7.930 novos casos de câncer em crianças e adolescentes no país. Diante desse cenário preocupante, a Confederação Nacional de Instituições de Apoio e Assistência à Criança e ao Adolescente com Câncer (Coniacc) e a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope) estão desenvolvendo um projeto para mapear a situação do atendimento do câncer infantojuvenil em todo o país.
Detalhamento do projeto
O projeto, intitulado Mapeamento Nacional das Instituições de Assistência às Crianças e aos Adolescentes com Câncer, conta com o apoio do Ministério da Saúde e de instituições como o Childhood Cancer International (CCI), a Sociedade Latinoamericana de Oncologia Pediátrica (SLAOP) e a Keira Grace Foundation. Em agosto de 2023, foi realizada uma fase piloto e, em abril de 2024, as equipes devem voltar a campo. A intenção é mapear tanto as instituições habilitadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) quanto as que não estão habilitadas, visitando mais de 100 instituições em todo o país.
Diagnóstico precoce
O diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento eficaz do câncer infantojuvenil, que representa cerca de 2% de todos os tipos de câncer. Segundo Carolina Camargo Vince, médica oncologista pediátrica e coordenadora do ‘Molecular Tumor Board’, é essencial mapear todas as instituições que tratam crianças e adolescentes com câncer no país. A ideia é identificar as necessidades e atuar de forma efetiva em conjunto com o governo para melhorar a taxa de cura do câncer infantil no Brasil.
Desafios e esperanças
O movimento global para melhorar a taxa de cura do câncer infantil é uma realidade, e o mapeamento das instituições de atendimento é parte fundamental desse processo. A expectativa é de que os resultados do projeto possam subsidiar novas políticas públicas e contribuir para a melhoria do atendimento em todo o país. Com um diagnóstico inicial do que ocorre hoje no Brasil em relação ao câncer infantil, será possível identificar pontos de fragilidade e necessidade de intervenções específicas.
Os desafios são grandes, mas a esperança de melhorar a condição do tratamento nos países de média e baixa renda, como o Brasil, é o objetivo principal desse projeto inovador. Afinal, a desigualdade no acesso ao tratamento do câncer infantil é uma realidade que precisa ser enfrentada e superada.
*Com informações da Agência Brasil