O diretor-geral da Organização Pan-americana da Saúde (Opas), Jarbas Barbosa, alertou que a estratégia de vacinação para combater a dengue pode levar até oito anos para efetivamente reduzir a transmissão da doença em meio a epidemias como a enfrentada atualmente nas Américas.
A importância da vacinação e sua limitação atual
Barbosa ressaltou que a vacinação é fundamental, mas destacou que a vacina disponível exige duas doses com intervalo de três meses entre elas, o que não a torna uma ferramenta imediata de controle da transmissão da dengue. Neste momento, a principal ação continua sendo a eliminação dos criadouros do mosquito.
A capacidade de produção de doses e os avanços no Brasil
O laboratório japonês Tateka, responsável pela vacina Qdenga, possui capacidade limitada de fabricação de doses. O Brasil se destaca como o país das Américas com maior disponibilidade de doses. Além disso, o Instituto Butantan desenvolve uma vacina em dose única que pode ser uma alternativa eficaz, mas só estará disponível em 2025.
A importância do monitoramento e dos estudos clínicos
É crucial que os sistemas de saúde na região monitorem o cenário da vacinação contra a dengue, já que os dados de eficácia são limitados. Os avanços nos estudos clínicos, como os realizados pelo Instituto Butantan, são essenciais para garantir uma resposta eficaz à doença.
*Com informações da Agência Brasil