Fui crucificado com Cristo; assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. Portanto, vivo neste corpo terreno pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.
Gálatas 2:20
Hoje, quero conversar sobre algo que é o próprio cerne da nossa fé, a nossa verdadeira identidade em Cristo. Quando a gente entrega a vida a Jesus, não é só uma decisão de ir à igreja; é receber uma identidade completamente nova: a identidade do próprio Cristo! Isso quer dizer que começamos a ter a mente de Cristo, o jeito d’Ele de pensar e agir, o que, naturalmente, nos afasta de tudo aquilo que não combina com Seus ensinamentos. Para mim, ser cristão é algo total, integral; ou a gente é de Cristo pra valer, ou, com todo respeito, não somos de verdade. No Reino dos Céus, não tem essa de “quase cristão”.
Não Mais Eu, Mas Cristo em Mim: A Essência da Mudança
Essa nova identidade é um chamado radical para sermos uma influência positiva por onde passarmos, refletindo o jeitão do Reino de Deus em todo lugar: no trabalho, na faculdade, em casa, na rua. Eu sei que ser luz nesses ambientes é um baita desafio, mas é um chamado que não dá pra fugir. Quando a gente assume quem realmente é em Cristo, isso, por si só, já bate de frente com o sistema do mundo. Afinal, o Evangelho é claro: “Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim”, como o apóstolo Paulo nos lembra lá em Gálatas 2:20. Que verdade poderosa!
Luz do Mundo, Sal da Terra: Nosso Chamado Irrecusável
Ignorar essa identidade que recebemos de graça é como fechar os olhos para a batalha espiritual que acontece ao nosso redor e para a nossa responsabilidade de temperar este mundo, e não de sermos engolidos por ele. Infelizmente, muitos de nós, às vezes por medo de sermos rejeitados ou ridicularizados, acabamos nos conformando, sabe? Ficamos mais preocupados em prestar contas ao que o mundo pensa do que a Deus. Mas a fé em Jesus tem que mexer com nosso caráter de um jeito que as pessoas vejam! Por onde Jesus passa, nada fica igual. E se Ele vive em nós, somos chamados para ser sal e luz nesta terra. Isso significa que temos o papel de influenciar uma sociedade que, o tempo todo, pela mídia, pelas redes sociais, de tantas formas, tenta nos influenciar. E essa influência do mundo muitas vezes é sutil, vem disfarçada de “preocupações sociais importantes” ou de “novos direitos”, querendo nos amoldar.
A Batalha pela Identidade: Não se Conforme!
Assumir nossa identidade cristã exige sacrifício, não tem como fugir disso. Devemos estar prontos para ocupar os espaços que Deus nos dá e fazer a diferença ali. Instituições que o próprio Cristo formou, como a igreja e a família, estão o tempo todo debaixo de ataque. Vemos, por exemplo, como a maternidade, um presente de Deus, tantas vezes é desvalorizada, quando a Bíblia diz que os filhos são herança do Senhor! A música também tem um poder de influência gigantesco. Enquanto as músicas do mundo podem despertar desejos que não agradam a Deus, uma igreja que conhece a Palavra não se deixa levar por qualquer modinha. Precisamos entender quem somos em Cristo para não perdermos tempo com o que não edifica. Como pode haver comunhão entre luz e trevas? (II Coríntios 6:14). Não podemos achar normal misturar o que é de Deus com o que é do mundo. O profeta Oséias já alertava lá atrás: “O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento” (Oséias 4:6).
O Perigo da Superficialidade e a Urgência do Conhecimento
Alguns de nós, infelizmente, parecem nunca amadurecer na fé, vivendo de versículos soltos, sem uma amizade de verdade com Deus, sem profundidade. Especialmente nestes últimos tempos, em que o mal nem sempre aparece com chifre e rabo, é crucial a gente viver nossa identidade, nosso sacrifício e nossa influência para não atrapalhar o Corpo de Cristo, como Paulo adverte a Timóteo (II Timóteo). Temos o dever, como lemos em Efésios 5:11, de não participar das obras infrutíferas das trevas, mas, pelo contrário, até de expô-las.
Sacerdócio Real: Vivendo uma Vida Incomum
Nossa identidade, irmãos, é de “geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus” (I Pedro 2:9). Ser cristão não é ser comum; é ter uma vida incomum, onde tudo em nós reflete quem o Senhor é! Como luz, nosso papel é clarear a escuridão; como sal, devemos conservar o que é bom, dar sabor e, principalmente, gerar sede pela Água Viva, que é Jesus, nas pessoas ao nosso redor. Não podemos nos deixar levar por conversinhas e fábulas (II Timóteo 4:4), mas firmar nossa identidade em Cristo e sermos árvores que dão bons frutos e boa sombra.
Sacrifício, Oração e Ação: Ferramentas da Transformação
A presença de Jesus Cristo tem que ser nossa prioridade número um. Não devemos buscar o céu só por medo do inferno, mas pela alegria da Sua presença e pela influência que Deus quer nos dar para abençoar este mundo. Ignorar o conhecimento de Deus, como Paulo descreve em Romanos 1, pode nos levar a uma mentalidade reprovável. Temos uma identidade claramente definida por Cristo e não podemos viver no “piloto automático”. Precisamos cumprir o chamado de Deus, mantendo sempre uma “reserva de oração” para os momentos de aperto. O Evangelho nos chama a olhar para dentro e mudar o que precisa ser mudado. Devemos viver nossa cidadania de uma maneira que honre o Evangelho (Filipenses 1:27-30). O sacrifício pode trazer sofrimento, sim, mas é através dele que muitas vezes encontramos libertação e crescimento.
Que possamos aprender a nos alegrar tanto na fartura quanto na dificuldade, e usar nossa influência em todas as áreas da sociedade para a glória de Deus, sem pecar por omissão, mas defendendo nosso melhor Amigo, Jesus Cristo. Temos o dever de testemunhar o caráter do Reino, sabendo que Jesus é nosso general nesta batalha. Todo confronto necessário deve ser feito com amor, confiando na promessa de que as portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja (Mateus 16:18). Deus deseja transformar nossa nação através de Sua Igreja, por meio de um Evangelho maduro, com mais arrependimento sincero do que lágrimas passageiras. Nada poderá romper as barreiras que Deus estabeleceu para Sua Igreja. Precisamos ser fortes, corajosos e obedientes!
Música Gospel Sugerida:
Deigma Marques – Que Ele Cresça
Esta canção expressa de forma poderosa o cerne da nova identidade em Cristo, o desejo de que “Ele cresça e eu diminua”, refletindo a verdade de Gálatas 2:20, onde Cristo vive em nós.