Ayaan Hirsi Ali, uma das intelectuais mais conhecidas da atualidade, surpreendeu o mundo ao anunciar sua conversão ao Cristianismo. Nascida na Somália, Ayaan buscou refúgio na Holanda em 1992, onde construiu uma carreira como ativista, política e defensora dos direitos das mulheres. Por muitos anos, ela foi uma crítica ferrenha do islamismo e uma ateia convicta — até agora.
Do islamismo ao ateísmo
Ayaan cresceu como muçulmana e, ao chegar à Holanda, inicialmente atuou no Partido Social-Democrata. Mais tarde, migrou para o Partido Liberal e chegou a ser eleita para o Parlamento holandês. Mas foi após os atentados de 11 de setembro que sua visão de mundo mudou drasticamente. Ela abandonou o islamismo, descrevendo a fé como desumana, e passou a defender uma “jihad liberal” contra o extremismo islâmico.
A conversão ao Cristianismo
Em novembro de 2023, Ayaan publicou um ensaio intitulado Por Que Agora Sou Cristã, onde revela os motivos que a levaram a deixar o ateísmo. Para ela, o ateísmo se mostrou frágil diante dos desafios atuais da civilização ocidental, como o avanço do autoritarismo, o islamismo radical e a ideologia woke.
Segundo Ayaan, apenas os valores cristãos são capazes de oferecer uma base moral sólida e unificadora. Ela reconhece que sua decisão não foi apenas racional, mas também espiritual: “A vida sem consolo espiritual se tornou insuportável. O ateísmo falhou em responder à pergunta: qual é o sentido da vida?”.
Uma nova perspectiva conservadora
Ayaan também assumiu publicamente uma posição política conservadora cristã. Crítica da esquerda progressista e do islamismo, ela defende que o Cristianismo oferece a melhor proteção tanto para a liberdade quanto para os direitos das mulheres.
Segundo o CNE, hoje, vive nos Estados Unidos, é casada com o historiador Niall Ferguson, tem dois filhos e lidera a Fundação AHA, voltada à defesa da liberdade e dos direitos humanos. Seu próximo livro será um relato pessoal sobre sua jornada espiritual — uma história que promete inspirar muitos.