Compreenda o conceito e a operação do real digital

Redação
4 min de leitura

O Real Digital, agora chamado de Drex, está cada vez mais próximo de se tornar uma realidade

Nesta segunda-feira (7), o Banco Central (BC) anunciou que a moeda digital brasileira se chamará Drex. Desde março, a plataforma está em fase de testes e as primeiras operações simuladas estão previstas para setembro. O objetivo do real digital é ampliar as possibilidades de negócios e estimular a inclusão financeira, oferecendo um ambiente seguro e com mínimas chances de fraude.

Entendendo o Drex: a nova moeda digital oficial do Brasil

O Drex, também conhecido como real digital, é uma versão eletrônica do papel-moeda que utiliza a tecnologia blockchain, a mesma das criptomoedas. Classificada como Central Bank Digital Currency (CBDC), essa ferramenta terá o valor garantido pela autoridade monetária, sendo que cada R$ 1 equivalerá a 1 Drex.

Uma das principais diferenças entre o Drex e as demais criptomoedas é a forma como são determinados seus valores. Enquanto as criptomoedas sofrem oscilações conforme a lei da demanda e da oferta, o CBDC oscila conforme a taxa diária de câmbio determinada pelos fundamentos e pelas políticas econômicas de cada país. Outra diferença é que o Drex será produzido pelo Banco Central e terá paridade em relação ao real.

A relação entre o Drex e o Pix

Embora sejam similares, o Drex e o Pix possuem funcionamentos distintos. Enquanto o Pix permite transferências instantâneas em reais entre instituições financeiras, o Drex utilizará a tecnologia blockchain, o que possibilitará transações com valores maiores. Dessa forma, o Drex será utilizado para serviços financeiros em geral, como transferências, pagamentos e compra de títulos públicos.

Além disso, o Drex permitirá o uso de contratos inteligentes, agilizando e reduzindo os custos de operações como a venda de um veículo, por exemplo.

Acesso e testes do Drex

Previsto para chegar aos consumidores no fim de 2024 ou início de 2025, o Drex funcionará como moeda de atacado, sendo trocado entre instituições financeiras. O cliente fará operações com a moeda digital, mas não terá acesso direto a ela, operando por meio de carteiras virtuais.

Os testes do Drex estão sendo realizados desde março, utilizando a plataforma Hyperledger Besu, que possui baixos custos de licença e royalties de tecnologia por ser de código aberto. Em junho, o Banco Central selecionou 16 consórcios para participarem do projeto piloto, que construirão os sistemas a serem acoplados ao Hyperledger Besu e desenvolverão os produtos financeiros e soluções tecnológicas necessárias.

Os testes com os consórcios, que ocorrerão com operações simuladas, têm previsão de início para setembro e serão realizados em etapas até pelo menos fevereiro do próximo ano.

Ativos testados no projeto piloto do Drex

No projeto piloto do Drex, serão testados diferentes tipos de ativos, como:

– Depósitos de contas de reservas bancárias;

– Depósitos de contas de liquidação;

– Depósitos da conta única do Tesouro Nacional;

– Depósitos bancários à vista;

– Contas de pagamento de instituições de pagamento;

– Títulos públicos federais.

Com a implementação do Drex, o Brasil entra para o grupo de países que estão desenvolvendo suas próprias moedas digitais. Além de ampliar as possibilidades de negócios e facilitar transações financeiras, o real digital representa mais uma alternativa para fomentar a inclusão financeira no país.



*Com informações da Agência Brasil

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