Intenção de consumo das famílias cai 0,5% em fevereiro, segundo CNC

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Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) cai em fevereiro, indica CNC

O indicador Intenção de Consumo das Famílias (ICF) sofreu uma queda em fevereiro, registrando o terceiro mês consecutivo de recuo. O índice, calculado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), fechou o mês em 105,7 pontos, 0,5% a menos que o mês anterior. Um número acima de 100 pontos indica uma percepção geral de satisfação com as condições econômicas.

Apesar do recuo em relação a janeiro, o patamar identificado é 10,4% maior do que em fevereiro do ano passado, representando o melhor resultado para o período desde 2015.

Impacto da redução na inadimplência

De acordo com a CNC, a queda na intenção de consumo se deve ao fato de que as famílias estão mais preocupadas em quitar dívidas do que em realizar novas aquisições. O economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, destaca que, apesar das taxas de juros mais atrativas, a procura por crédito pelas pessoas físicas vem desacelerando em relação aos resultados do ano anterior.

Tavares ressalta que a redução da inadimplência indica que as famílias estão aproveitando o crédito mais barato para ajustar seus orçamentos em vez de acumular mais dívidas por meio do consumo. A CNC destaca que essa mudança de comportamento não é necessariamente negativa, pois demonstra uma maior consciência financeira por parte das famílias brasileiras.

Análise da pesquisa e perspectivas

A pesquisa é realizada em todo o país, com uma amostra de 18 mil consumidores, levando em consideração sete indicadores sobre as condições atuais, expectativas para os próximos três meses, avaliação do acesso ao crédito e momento atual para aquisição de bens duráveis.

Em fevereiro, a percepção de renda atual foi o único item a registrar alta, enquanto a inflação controlada foi apontada como um fator que beneficiou a renda real das famílias, proporcionando maior poder de compra aos consumidores. A CNC também destaca o crescimento constante na população empregada como um fator que contribuiu para o aumento da massa salarial, fornecendo mais recursos para o consumo.

Impacto nas diferentes faixas de renda

A queda na intenção de consumir em fevereiro foi mais acentuada nas famílias com renda abaixo de dez salários-mínimos, que recuou 0,6%. Já para os grupamentos familiares com renda acima de dez salários-mínimos, a redução foi de 0,1%. A CNC avalia que famílias de menor renda priorizam o ajuste do orçamento devido ao maior endividamento, enquanto as famílias com maiores rendimentos já enxergam uma melhora no consumo futuro.

*Com informações da Agência Brasil

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Por Redação
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