Cidadã brasileira de origem árabe-cristã vivendo em Israel expressa preocupação com possível escalada de guerra

3 min de leitura

Atentados do Hamas e a tensão em Israel: a história de uma comerciante em meio ao conflito

No último fim de semana, os atentados do Hamas no sul de Israel e a resposta israelense em Gaza causaram uma reviravolta na vida daqueles que vivem na região conflituosa. Entre eles, está Soraya Zaher, comerciante que reside em Nazaré, cidade israelense há duas décadas, e que agora vive com medo pela segurança de sua família.

A ligação com o Brasil e a fuga do avô

A conexão de Soraya com o Brasil remonta à fuga de seu avô, um árabe cristão, da cidade de Nazaré durante a guerra da independência em 1948. Anos depois, Soraya decidiu voltar para a terra de seus ancestrais. A princípio, planejava uma estadia de seis meses, mas acabou aceitando o pedido de casamento de um primo distante, também árabe cristão e cidadão israelense. Assim, Nazaré se tornou seu novo lar, cidade onde acredita-se que Jesus Cristo tenha passado grande parte de sua vida.

A vida em Nazaré e as perspectivas futuras

Com o casamento, Soraya e seu marido tiveram quatro filhos, três meninas e um menino, com idades entre 3 e 16 anos. Até a semana passada, a comerciante estava animada com as perspectivas futuras, especialmente por ter inaugurado recentemente uma loja de roupas femininas no norte de Israel.

O medo de uma guerra em larga escala

Apesar de morar distante da Faixa de Gaza, Soraya vive com o temor de uma guerra em larga escala, com possíveis ataques vindos do Hezbollah, no Líbano, da Síria e do Irã. Como medida de precaução, a família tem passado as noites no bunker, um quarto à prova de bombas. Durante o dia, também permanecem o máximo de tempo possível no local. Apenas saem quando o estresse se torna insuportável.

A difícil decisão entre Brasil e Israel

Soraya está indecisa sobre retornar ao Brasil, onde parte de sua família reside, ou permanecer em Israel, onde construiu toda sua vida, inclusive seu novo negócio. Além disso, há o fato de seu marido provavelmente não acompanhá-la, pois separar fisicamente a família seria uma experiência angustiante para seus filhos. O medo tanto de ir quanto de ficar é constante, pois ninguém sabe ao certo o que o futuro reserva.



*Com informações da Agência Brasil

Compartilhe este artigo
Seguir:
Este perfil é de um cadastro geral e não está relacionado a um redator em específico. Os administradores do portal publicam as novidades diárias através deste perfil.
Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Sair da versão mobile