Cristãs perseguidas sofrem violências extremas em diversos países

Polyanna Elias - Redatora na NT Gospel
4 min de leitura
No Dia da Mulher, lembremos das cristãs perseguidas que enfrentam violência e discriminação por sua fé em diversos países. Foto: Representação.

Em muitos países, homens e mulheres são perseguidos por escolherem a Cristo. A Lista Mundial da Perseguição traz todos os anos o ranking dos países onde existe mais perseguição aos cristãos. Mas a perseguição é ainda mais intensa para as mulheres, que lidam com a hostilidade também ligada ao gênero. Ou seja, as seguidoras de Jesus são duplamente vulneráveis: por serem mulheres e por serem cristãs.   

Mulheres Perseguidas

Em algumas culturas, as mulheres são vistas como inferiores aos homens e por isso lidam com desvantagens sociais. Muitas não podem trabalhar e são excluídas de acesso aos mesmos direitos que os homens. Essa exclusão as torna alvos fáceis dos perseguidores e extremistas, porque o sofrimento das mulheres é, muitas vezes, ignorado por todos ao redor.   

As cristãs estão mais propensas a enfrentar violências ocultas, como casamento forçado, agressão sexual, prisão domiciliar, entre outros. Esses tipos de perseguição são menos prováveis de acontecer com homens, principalmente em países onde os homens mantêm o poder primário, ocupando cargos de autoridade e privilégios sobre as mulheres. 

A dupla vulnerabilidade das mulheres cristãs não exclui a perseguição contra os homens e meninos que também seguem a Cristo. Homens e meninos cristãos não estão isentos de perseguição. Eles são mais propensos a experimentar formas visíveis de perseguição, como serem agredidos publicamente, mortos, demitidos de empregos ou presos. 

Violência Frequente

Além de serem perseguidas em níveis mais complexos e amplos, muitas cristãs também são alvos de violência como forma de atingirem os homens cristãos. A violência contra filhas e esposas de líderes cristãos também acontece com frequência e os extremistas buscam atingir o bem mais precioso dos cristãos: a família.   

A jovem Habiba (pseudônimo) conhece essa dor de perto. Ela tinha apenas 13 anos quando militantes atacaram sua aldeia em Burkina Faso e a sequestraram, assim como sua família e a neta do pastor do vilarejo. “A neta do pastor e eu fomos forçadas a nos casar lá. Eu tinha 13 anos, mas ela tinha apenas 11. Eles nos violentaram sexualmente. Eu estava apenas esperando minha vez de ser morta”. 

Mulheres e meninas como Habiba e a neta do pastor são constantemente usadas para afetar líderes e comunidades cristãs. Muitas autoridades muçulmanas encorajam e incentivam que os homens se casem com cristãs, como forma de abalar as comunidades cristãs e aumentar os números de seguidores do islamismo. 

Trabalho nas Igrejas

A Portas Abertas trabalha nas igrejas para treinar e equipar líderes, para que saibam proteger as congregações, criando medidas de proteção e resiliência. O trabalho de parceiros locais lembra os cristãos dos fundamentos bíblicos, para que eles sejam encorajados a responder à perseguição com amor e solidariedade na família e na comunidade em que estão inseridos.

Muitas jovens e mulheres cristãs também são abençoadas com projetos de geração de renda. O objetivo final é que as mulheres e meninas cristãs deixem de ser perseguidas por serem vistas como mais vulneráveis perante a sociedade e tenham seus direitos e liberdades garantidas. E sobretudo, que elas tenham a identidade firmada em Cristo para terem forças e mesmo em meio à perseguição serem sal e luz.   

Igrejas domésticas  

Para que o evangelho não morra em locais onde há perseguição, é preciso líderes preparados. Doe e permita que mulheres, que compõem a maioria das igrejas domésticas no Oriente Médio, aprendam seu papel conforme a Bíblia em encontros online e sejam capazes de ajudar as igrejas domésticas a sobreviverem. 

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