A Câmara de Vereadores de Maceió promulgou uma lei que exige que mulheres visualizem imagens do feto antes de realizar um aborto em casos legalizados.
O projeto, de autoria do vereador Leonardo Dias Pires (PL), foi publicado no Diário Oficial da cidade na quarta-feira (20).
Segundo o guiame, Pires destaca que as mulheres que optam pela interrupção da gravidez devem ser plenamente conscientizadas sobre as possíveis consequências dessa escolha.
“É crucial que elas estejam cientes das graves repercussões físicas e psicológicas associadas a essa decisão. Os procedimentos abortivos acarretam sequelas muitas vezes irreversíveis”, explicou o vereador, conforme a Revista Oeste.
Conscientização e informações sobre saúde
A nova lei também determina que a rede pública de saúde de Maceió forneça informações sobre os riscos e consequências à saúde decorrentes do procedimento.
Além disso, os profissionais de saúde deverão explicar o desenvolvimento fetal semanalmente às gestantes e seus familiares, exibindo vídeos que detalhem os métodos usados no procedimento, como aspiração intrauterina, curetagem uterina e abortamento farmacológico.
Consequências do aborto
O texto da lei menciona diversas consequências à saúde da mulher após o procedimento, tais como perfuração uterina, ruptura do colo uterino, hemorragia, infertilidade, embolia pulmonar, depressão e transtornos alimentares.
Pires acrescentou que, embora haja exceções no Brasil para o aborto, como nos casos de risco à vida da gestante ou anencefalia fetal, é crucial destacar que esses procedimentos frequentemente deixam graves sequelas nas mulheres.
Posicionamento da população brasileira
No Brasil, o aborto é considerado crime, com exceção em situações específicas como gravidez resultante de estupro, risco à vida da mulher ou anencefalia fetal.
Uma pesquisa recente do IPEC revelou que 70% dos brasileiros são contrários à legalização do aborto.