Bactérias causadoras de infecções alimentares podem estar presentes em saladas prontas

4 min de leitura

O problema da presença de bactérias em vegetais minimamente processados

Os vegetais minimamente processados (VMPs), popularmente conhecidos como vegetais frescos higienizados, podem conter bactérias que representam riscos à saúde dos consumidores. Essa é a conclusão de um artigo publicado na revista Foods, que analisou a presença de microrganismos indicadores de falta de higiene ou causadores de doenças. Os estudos revelaram taxas de prevalência de bactérias como Escherichia coli, Salmonella spp. e Listeria monocytogenes, variando de 0,7% a 100%, 0,6% a 26,7% e 0,2% a 33,3%, respectivamente.

A importância de medidas de controle para garantir a qualidade dos VMPs

Os VMPs são cortados, higienizados e vendidos em embalagens fechadas, sendo prontos para consumo imediato. Essa praticidade é vantajosa, pois agiliza o preparo das refeições e reduz o desperdício de alimentos. No entanto, o processamento dos vegetais eleva seu preço, chegando a custar o dobro em comparação aos produtos in natura. Como geralmente são consumidos crus, é fundamental garantir a eliminação de microrganismos causadores de doenças por meio do uso de sanitizantes, como o cloro na água de lavagem.

A responsabilidade das indústrias produtoras e a falta de legislação específica

Segundo Daniele Maffei, professora do Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), as indústrias produtoras têm a responsabilidade de disponibilizar produtos com qualidade e segurança microbiológica, implementando medidas de controle durante todo o processo de produção. No entanto, atualmente não existe uma legislação nacional específica para o setor de VMPs, sendo encontradas disposições documentadas apenas nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul.

É fundamental que todas as indústrias produtoras adotem boas práticas ao longo de seu processo de produção, seguindo as legislações gerais de boas práticas para indústrias alimentícias em âmbito nacional, estadual e municipal. Essas medidas são essenciais para garantir a produção de alimentos seguros para os consumidores.

A possibilidade de contaminação dos VMPs

Os VMPs passam por uma etapa de desinfecção nas indústrias, no entanto, estudos mostram a possibilidade de falhas nesse processo, o que coloca em risco a saúde dos consumidores. É necessário um controle rigoroso para evitar falhas e a ocorrência de contaminação cruzada. Além disso, os VMPs possuem uma vida útil que varia de alguns dias a duas semanas, dependendo de fatores como tipo de vegetal, qualidade, método de processamento, embalagem, armazenamento e presença de microrganismos deteriorantes.

Alternativas para garantir a segurança alimentar com vegetais frescos

Os consumidores têm a opção de adquirir vegetais in natura, higienizá-los e armazená-los para consumo ao longo da semana. É importante escolher produtos de qualidade, sem injúrias, e realizar uma higienização adequada em casa, utilizando uma solução clorada. Após a lavagem, é necessário retirar o excesso de água e armazenar os vegetais em recipientes limpos e fechados na geladeira. Essas medidas ajudam a prolongar a vida útil dos vegetais e garantir sua segurança alimentar.

É necessário que os consumidores estejam cientes dos riscos relacionados aos vegetais minimamente processados e tomem as devidas precauções para evitar problemas de saúde. Assim, é possível desfrutar dos benefícios desses produtos com segurança.



*Com informações da Agência Brasil

Compartilhe este artigo
Seguir:
Este perfil é de um cadastro geral e não está relacionado a um redator em específico. Os administradores do portal publicam as novidades diárias através deste perfil.
Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Sair da versão mobile