Equador: Tribunal Constitucional aprova descriminalização da eutanásia

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Equador testemunha marco histórico com a decisão do Tribunal Constitucional pela descriminalização da eutanásia. Foto: Representativa/Pexels.

O Equador se tornou o segundo país da América Latina, depois da Colômbia, a descriminalizar a eutanásia, marcando uma decisão histórica do tribunal constitucional. A medida permite que médicos ajudem pacientes a morrer, especialmente em casos de sofrimento intenso e incurável.

A decisão do tribunal foi uma resposta a um pedido feito por Paola Roldán em agosto de 2023. Paola, que sofre de esclerose lateral amiotrófica (ELA), uma condição neurodegenerativa rara, contestou um artigo do código penal que considerava a eutanásia um crime de homicídio com pena de 10 a 13 anos de prisão.

A ELA afeta as células nervosas do cérebro e da medula espinhal, levando à perda de funções motoras. A doença, sem cura conhecida até o momento, afeta cinco em cada 100 mil pessoas no mundo.

O tribunal decidiu que não seria razoável impor a obrigação de permanecer vivo a alguém que passa por uma situação tão difícil. A decisão afirma que todo ser humano pode tomar decisões livres e informadas quando seu desenvolvimento pessoal é afetado, incluindo a opção de pôr fim ao sofrimento causado por uma lesão corporal grave e irreversível ou por uma doença grave e incurável.

Paola Roldán expressou sua satisfação com a decisão, afirmando que seu país se tornou “um pouco mais acolhedor, livre e digno”. No entanto, seu pai, Francisco Roldán, manifestou confusão e tristeza, destacando a possibilidade de a decisão resultar na morte de sua filha.

A implementação da descriminalização da eutanásia exigirá a elaboração e aprovação de um projeto de lei pelo Congresso equatoriano, um processo que pode levar muitos meses.

Testemunho Cristão

Em meio a esse debate sobre ética e direitos, um testemunho cristão destaca a oposição à eutanásia. Silvio Alvarado, um equatoriano de 38 anos diagnosticado com ELA há três anos, afirmou que não concorda com a eutanásia, pois a autoridade sobre a vida e a morte pertence a Deus.

Mesmo enfrentando desafios físicos significativos devido a ELA, Silvio enfatizou sua paz em Cristo. Ele e sua esposa, Paulina Oña, encontraram consolo nas promessas de Deus, transformando o sofrimento em uma oportunidade de se aproximar de Deus.

Segundo o guiame, Silvio Alvarado defende investimentos em pesquisa das causas de doenças como a ELA, políticas de prevenção e apoio eficaz as famílias e pacientes. Seu testemunho é visto como um exemplo de força e em meio à adversidade, oferecendo uma perspectiva diferente no debate sobre a eutanásia no Equador.

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