Duas missões médicas, Mercy Ships e Mission Aviation Fellowship (MAF), se uniram para levar cuidados cirúrgicos a comunidades isoladas na África. Mercy Ships opera navios-hospital que oferecem cirurgias a bordo, enquanto a MAF realiza voos missionários. Juntas, essas organizações vão oferecer atendimento gratuito em regiões sem acesso à saúde.
Os aviões da MAF transportarão pacientes de áreas remotas para o navio da Mercy Ships, que está equipado para realizar os procedimentos cirúrgicos. “Viajar por estrada em Madagascar pode ser desafiador devido ao terreno acidentado e à infraestrutura precária. Em muitos casos, chegar a aldeias remotas pode levar dias de carro, drenando tempo e energia valiosos,” disse Michael Jurgensen, diretor nacional da MAF em Madagascar.
Primeira missão em Madagascar
A iniciativa começará em Madagascar, onde há apenas um cirurgião para cada 100 mil pessoas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com um estudo da BMJ Global Health, apenas um quinto da população tem acesso a procedimentos cirúrgicos em um intervalo de duas horas, e 95% não têm condições financeiras para pagar por uma cirurgia.
“Com o apoio da MAF, a equipe [da Mercy Ships] pode cobrir grandes distâncias de forma rápida e segura, permitindo que visitem vários locais em um curto período”, explicou Jurgensen. “Voar não apenas economiza tempo, mas também garante que a equipe possa avaliar e selecionar pacientes das áreas mais isoladas para cirurgia no navio em uma data posterior”.
Impacto da parceria
Bastiaan de Waal, Diretor Regional de África da MAF, comentou sobre a importância da parceria: “Ao transportar as equipes da Mercy Ships com as nossas aeronaves para o interior de Madagascar, fornecemos ajuda, esperança e cura aos residentes com os cuidados cirúrgicos de que precisam desesperadamente”. Ele acrescentou que a necessidade é grande nessas áreas e as pessoas em comunidades isoladas têm igualmente direito ao atendimento.
Segundo o Christian Today, o navio-hospital da Mercy Ships, o Africa Mercy, está atracado em Toamasina, na costa leste de Madagascar desde fevereiro. A equipe está colaborando com o Ministério da Saúde do país para identificar as necessidades mais urgentes e já tem realizado cirurgias e treinamentos.